Por mais vezes

Analú nos leva em uma prosa enxuta as suas primeiras vezes. São algumas dentro do universo de descobertas de uma adolescente no segundo ano do ensino médio. Habituada às mudanças ocasionadas pelo trabalho do pai, nos diz que o melhor jeito de se estar, tomar posse da casa nova, da vida que se reveste de mudanças, de cidade à cidade, está em abrir as caixas e despejar os pertences, que posso dizer, fazem parte de nossa organização, nos abrir para nos reconciliar com as voltas das vidas que vamos empacotando emoções, sentimentos e angústias, todos dentro de caixinhas, e uma hora, ao nosso bem, se faz necessário pra que nos organizemos, despejar os retratos dos sentimentos, abrindo toda uma vida que foi formada para saber lidar com as novas etapas. Analú está assim, de uma menina cheia de inseguranças e pé atrás, na nova escola, na São Paulo depois de uma estada no Rio, vai descobrindo que deve, também, abrir-se ao novo, às novas amizades e descobertas. E...